Socioeducandas do Casef participam de oficina que trabalha áreas de interesse
Adolescentes estão fazendo cursos como desenho, pintura, cuidadora de idosos e inglês
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As socioeducandas do Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (Casef) da Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) estão, desde abril, participando de um novo conceito de oficina, que se chama Meu Querer. O projeto permite que as jovens escolham uma área de interesse para estudar e aprender semanalmente com a orientação de agentes socioeducadoras.
Ao contrário de como costumam ser as demais oficinas da Fase, que buscam explorar habilidades dos agentes socioeducadores para que eles possam transmitir seus conhecimentos para os adolescentes, o projeto Meu Querer faz o caminho inverso. Em uma dinâmica de autoconhecimento, cada jovem do Casef fala sobre áreas e atividades que possui vontade ou curiosidade em vivenciar. Depois, um cronograma é desenvolvido para cada uma iniciar sua experiência de aprendizado.
Atualmente, as adolescentes estão fazendo cursos de desenho, pintura, cuidadora de idosos, inglês, origami e cultura japonesa e atendimento ao público. "Uma menina, no primeiro momento, disse que gostaria de fazer um currículo. Então, enquanto estávamos fazendo, ela percebeu que gostaria de aprimorar suas qualificações e, a partir disso, iniciou cursos online do Sebrae e do Banco Central", relata Liara Leal, assistente de direção do Casef.
A intenção do projeto é proporcionar mais autonomia para as jovens em suas rotinas, fazendo com que o interesse delas pelo aprendizado seja potencializado, bem como valorizar a autoestima de cada uma. "Apesar de não ser uma oficina obrigatória, todas as meninas quiseram participar do projeto. Elas estão participando de cursos online que podem abrir portas para elas profissionalmente, obtendo seus primeiros certificados e, acima de tudo, estão confiando que podem conseguir realizar aquilo que desejam", afirma Estela Junges, agente socioeducadora.
O Meu Querer é um projeto piloto que, segundo a assistente de direção da unidade, pode inspirar iniciativas semelhantes em outras unidades da Fase. "Eu tenho essa expectativa de servir como modelo para outros Centros. É um projeto que está no começo, mas tem sido fantástico. Eu não imaginava que uma menina iria querer sair da Fase falando inglês, por exemplo. Isso nos fascina enquanto socioeducadoras", afirma Liara.