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Juizado da Infância e Juventude promove concurso criativo com socioeducandos da Fase

Adolescentes participaram da disputa que elegeu o nome e o logotipo do Programa de Leitura previsto pelo 3° JIJ

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Dra. Karla Aveline de Oliveira é titular do 3° Juizado da Infância e Juventude - Foto: Saul Teixeira - Ascom Fase
Por Saul Teixeira - Ascom Fase

A 3ª Vara do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Porto Alegre promoveu concurso criativo destinado à população atendida pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) na capital. A iniciativa elegeu o nome e o logotipo do Programa de Leitura previsto na resolução 03/2023 do JIJ. A cerimônia de premiação ocorreu no Centro de Convivência e Profissionalização da Fase (CECONP) na segunda-feira (11/12), em Porto Alegre.

O Programa de Leitura foi criado a partir da resolução do 3° JIJ que implementou um projeto de acompanhamento de leitura no interior das unidades de internação e de semiliberdade da Fase em Porto Alegre. Caso o socioeducando (a) atenda aos requisitos previstos na resolução, poderá ser contemplado com a redução do período avaliativo da medida socioeducativa.

Lançado em março deste ano, o concurso busca estimular a criatividade junto aos jovens e adolescentes, aprofundando o vínculo dos socioeducandos (as) com a leitura. Além da premiação dos primeiros lugares, também foram distribuídos canecas e livros aos vencedores de Menção Honrosa e Prêmio Destaque.

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Dra. Karla é autora da resolução que instituiu o Programa de Leitura - Foto: Saul Teixeira - Ascom Fase
"O Programa de Leitura não apenas antecipa medidas (socioeducativas), mas também garante um diálogo da professora Andréa com os adolescentes. Eles reconhecem muito a importância dessa resposta pedagógica”, destacou a juíza titular da 3ª Vara do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Porto Alegre, Dra. Karla Aveline de Oliveira, fazendo referência à Consultora Pedagógica do 3° JIJ, Andréa Zenari.

Segundo a autora da resolução que instituiu o Programa de Leitura, o desejo é que a iniciativa possa se expandir para todo o Estado e, assim, contemplar as unidades da Fase também no interior. “O concurso garante protagonismo aos jovens. Sabemos da importância para cada adolescente, para cada menino que está nas unidades, escutamos bastante isso nas audiências de avaliação”, concluiu a juíza.

O concurso foi organizado pelo 3º juizado da Infância e Juventude com apoio da Coordenadoria da Infância e Juventude, da Fundação de Atendimento Socioeducativo, da Defensoria Pública do Estado e do Ministério Público Estadual.

Não há melhor forma de socialização do que o acesso às manifestações culturais”, avaliou o juiz-corregedor Luís Antônio de Abreu Johnson. “Não é por acaso que está escrito na Constituição Federal que, todos nós, adultos, crianças e adolescentes, sem distinção, temos direito fundamental à cultura”, completou. O coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça citou que a música, a literatura e a educação são fundamentais para o desenvolvimento socioemocional. “É uma tarde que nos enche a alma. Saímos daqui renovados. Aos meninos, espero que peguem com as duas mãos as oportunidades que são ofertadas na socioeducação”, concluiu.

Atrações

A atividade teve como mestre de cerimônias uma socioeducanda atendida pelo Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (Casef) e contou com apresentações musicais de dois socioeducandos. Eles são atendidos pelo Centro de Atendimento em Semiliberdade de Porto Alegre e pelo Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Porto Alegre II (Case POA II).

As oficinas, os concursos, os torneios, o atendimento clínico, a educação. São inúmeras ações destinadas a transformar vidas dentro da Fase”, destacou o presidente José Stédile. “Parabéns Dra. Karla e a todos os responsáveis pelo concurso. É um grande trabalho que garante novas oportunidades aos socioeducandos”, completou.

Ministrada pelo agente socioeducador Beto Silva, no Ceconp, a oficina de percussão tem como objetivo resgatar e difundir os valores da cultura afro-brasileira, combater o racismo estrutural e promover a consciência negra. O trabalho originou mais uma bela apresentação de socioeducandos durante a tarde.

A parte cultural do evento foi concluída com apresentação de slam “Poesia pra quem acredita”, protagonizada pelos artistas DKG Dekilograma e Poeta Desperta.

Sistema de Justiça

Entre os presentes, os defensores públicos Rodolfo Lorea Malhão e Paula Simões Dutra de Oliveira, a promotora de Justiça Carla Carrion Frós, responsável pela 3ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação, Infância e Juventude do Ministério Público, Cristiane Della Méa Corrales, e a Coordenadora do Comitê Estadual de Combate à Tortura, Cristina Gross Villanova.

Os representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Alex da Silva Vidal, também marcou presença, bem como socioeducandos e familiares, integrantes da Comissão Avaliadora do Concurso e a professora Jardélia Rodrigues de Sá, que representou a Secretaria da Educação (Seduc) na atividade, socioeducandos e familiares.

Fase presente

A Fase também esteve representada pela Diretora Socioeducativa (DSE), Cláudia Patel, pela Coordenadora Pedagógica Clarissa Quadros, pela chefe do Núcleo de Escolarização Jamille Cordeiro, pela chefe do Núcleo de Profissionalização e Trabalho Educativo, Lilian Locatelli e pelo Analista Bibliotecário da Fase, Wellington Bucco.

Também presentes, a diretora do Ceconp, Josiane Mônaco e os demais diretores e diretoras das unidades da Fase em Porto Alegre: Elisete Moretto (Comunidade Socioeducativa – CSE), Isaac Marques (Centro de Internação Provisória Carlos Santos – CIPCS), Nádia Rodrigues (Casef), Rogério Santos (Centro de Atendimento Socioeducativo Padre Cacique – Case PC), Sandra Ramos (Centro de Atendimento Socioeducativo Regional de Porto Alegre II – Case POA II), e Verônica Martins (Centro de Atendimento em Semiliberdade de Porto Alegre).

O evento também contou com agentes socioeducadores envolvidos no Programa de Leitura e os servidores que atuam nas alas dos socioeducandos ganhadores da premiação.

Premiação

O nome do programa escolhido pela comissão julgadora foi “Leiturando”, de autoria de uma adolescente do Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (Casef). Conforme os organizadores, o primeiro lugar foi definido por refletir a importância da leitura, a valorização da educação e o engajamento das (os) socioeducandas(os) na construção de sua identidade como leitor(a).

Para a criação do logotipo, por sua vez, o vencedor foi um adolescente do Centro de Atendimento Socioeducativo Padre Cacique. A unidade também recebeu reconhecimento pelo fato de 2/3 dos premiados serem socioeducandos do Case PC.

Confira:

NOME DO PROGRAMA:

Vencedora: "LEITURANDO" - CASEF

Prêmio destaque: "LIVRE LENDO" - CASE PC

Menção honrosa: "VIAJE NA LEITURA" – Semiliberdade Porto Alegre


LOGOTIPO DO PROGRAMA:

Vencedor: CASE PC

Prêmio destaque: CASE PC

Menção honrosa: CASE PC

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