Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo
Início do conteúdo

Fase apresenta cinco projetos durante Simpósio Nacional em Socioeducação

Evento apresentou resultados de pesquisas e experiências profissionais relacionadas ao atendimento socioeducativo

Publicação:

WhatsApp Image 2024 02 21 at 09 31 52
Comitiva da Fase presente na quarta edição do Simpósio Nacional em Socioeducação - Foto: Divulgação Fase
Por Saul Teixeira - Ascom Fase

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) apresentou cinco projetos no IV Simpósio Nacional em Socioeducação, na Universidade de Brasília (UnB), iniciado na terça-feira e concluído nesta sexta-feira (23/02). Os projetos foram elaborados por servidores do Centro de Atendimento em Semiliberdade de Caxias do Sul (CAS) e do Centro de Atendimento de Semiliberdade de Uruguaiana (CAS).

O evento tem como objetivo oportunizar espaço científico-profissional de socialização e de debates de estudos, resultados de pesquisa e experiências profissionais relacionadas à socioeducação. Neste ano, o encontro teve como tema ‘Antirracismo, Direitos Humanos e Cenários de Resistência’.

Parabenizamos as servidoras que, entre diversas instituições socioeducativas em todo país, conseguiram selecionar cinco projetos e colocar a Fase em evidência nacional. É mais uma grande oportunidade que tivemos para compartilhar exemplos exitosos da gestão realizada no Rio Grande do Sul”, avaliou o presidente da Fundação, José Stédile, presente na atividade. “A presença no evento também serve para colher novos exemplos, experiências e inspirações para os próximos desafios do trabalho”, completou.

WhatsApp Image 2024 02 23 at 13 55 34
Diretora da unidade de semiliberdade de Caxias do Sul, Alexandra Bittencourt - Foto: Divulgação Fase
O projeto ‘As ações de empregabilidade na medida Socioeducativa em Semiliberdade’ é de autoria da diretora do CAS Caxias do Sul e pedagoga, Alexandra Bittencourt, da psicóloga da unidade, Tamara Aparecida, e da assistente social, Daniela Andrade da Anunciação. O estudo apresenta o sucesso da iniciativa que garantiu que 60% dos socioeducandos que concluíram a semiliberdade em 2023 fossem inseridos no mercado de trabalho formal. O engajamento da equipe socioeducativa no trabalho é outro ponto alto da experiência.

Outro trabalho selecionado foi ‘A medida de semiliberdade e a sua execução em constante aprimoramento’. Produzido pelas mesmas autoras, a publicação relata parte das rotinas no pós-pandemia. O trabalho, entre outros, conclui que as ações pedagógicas precisam desenvolver competências para que os socioeducandos consigam realizar suas metas de forma responsável e autônoma. Identifica-se, ainda, o papel da socioeducação como essencial para atenuar questões externas, entre eles, o crescimento da violência.

Com o título ‘Encontros com famílias na socioeducação: uma experiência na semiliberdade’, o terceiro projeto relata parte das ações realizadas desde 2014 junto aos familiares dos socioeducandos. A ação garante atualizações à equipe sobre a realidade familiar, identifica demandas individuais e coletivas e aponta necessidades de encaminhamentos para a rede de políticas públicas. O trabalho tem autoria da assistente social Daniela e da ex-estagiária de Serviço Social que atuava na unidade, Luana Rodrigues Vieira.

WhatsApp Image 2024 02 23 at 13 54 35
Daniela Andrade da Anunciação é assistente social e atua no Cas Caxias do Sul, na serra gaúcha - Foto: Divulgação Fase
De autoria da diretora Alexandra e da ex-estagiária de Pedagogia da unidade de semiliberdade, Mariana Roncada, o quarto projeto selecionado do CAS Caxias do Sul foi o ‘Manual pedagógico de atividades socioeducativas ofertadas aos socioeducandos’. “O principal resultado foi à concretização do Manual Pedagógico, construído de forma coletiva, destinado aos socioeducandos, como forma de incentivar e valorizar seus aprendizados, elevando a autoestima e despertando novas habilidades”, destacou Alexandra Bittencourt.

Fronteira Oeste

O Centro de Atendimento em Semiliberdade de Uruguaiana (CAS), na Fronteira Oeste, igualmente marcou presença no IV Simpósio Nacional em Socioeducação. De autoria da agente socioeducadora, Simone Villanova dos Santos e da pedagoga Vanessa Porto, o projeto ‘Um Novo Adolescer: ressocialização por meio da cultura e da arte’ aproxima os jovens da arte e garante o direito à cultura, ao lazer e à espiritualidade.

Conforme as autoras, o U.N.A também desperta na população atendida pela Fase, o sentimento de solidariedade, empatia, acolhimento e doação por meio de ações voluntárias. Entre as ações realizadas desde 2021, os servidores acompanham os socioeducandos em sessões de cinema, peças de teatro, exposições artísticas e em visita a pontos turísticos.

01
Trabalhos da unidade de semiliberdade de Uruguaiana foram apresentados por Vanessa Porto e Simone Villanova - Foto: Divulgação Ascom Fase

O projeto também evolui para a realização de ações voluntárias. Os adolescentes já produziram biscoitos e ovos de chocolate que foram entregues para entidades parceiras, se envolvem na organização de festas comunitárias e nos ajudam na criação do informativo da unidade”, pontuou Vanessa.

A pedagoga destaca que o projeto é desenvolvido com apoio de entidades como a Escola de Dança Studio Ciclo, o Serviço Social do Comércio (Sesc/RS), a Secretaria Municipal de Cultura e a unidade local da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan). “O U.N.A permite aos adolescentes vivenciar experiências inéditas. É muito gratificante acompanharmos o processo de reinserção dos jovens à sociedade”, concluiu.

Saiba mais

A comitiva da Fase também foi composta pela chefe do Núcleo de Treinamentos, Estágios e Voluntários (NTEV), Jamille Serres, pela assistente social e coordenadora de Medidas da Diretoria Socioeducativa (DSE), Marlize Viessiri e pela diretora de unidade, Tatiane Dias.

Além da apresentação de trabalhos de todo o Brasil, os representantes da Fase também acompanharam a conferência ‘Diálogos sobre o sistema de justiça, direitos humanos e raça’ e participaram da mesa de debates sobre o envolvimento de adolescentes no tráfico de drogas sob a perspectiva do trabalho infantil.

Site FASE